Arte na Corte dá início às
atividades de 2014 fazendo um “tour gastronômico pelas regiões da França”.
Para começar as atividades
do Arte na Corte desse ano escolhemos o tema gastronomia. Com a proposta de um encontro leve e lúdico,
Vera Mello trouxe informações curiosas e interessantes sobre algumas das especialidades
francesas como a “quiche Lorraine”, a “Bouilabaisse”, o “confit de canard”, bem
como outras mais conhecidas. A partir de um mapa do país, os participantes tomaram
conhecimento dos pratos característicos de cada região e descobriram que o fondue,
por exemplo, é mais frequente na culinária brasileira do que na francesa e que
a palavra petit-gâteau, tão conhecida como uma sobremesa especial por aqui,
significa na França qualquer tipo de docinho ou bolinho.
Aproveitando que os
participantes tinham conhecimento na língua, as explanações foram feitas em
francês, o que, no entanto, não é uma condição para aqueles que desejarem
conhecer o espaço. “Qualquer um pode vir tomar conhecimento de particularidades
de outras culturas, personalidades históricas, fórmulas de viajar, entre outros
aprendizados. A ideia não é uma aula, nem uma palestra, mas sim criar um
momento de troca”, explica a idealizadora do espaço. Segundo ela, a culinária
pode ser apenas um pretexto para conhecer mais da história do país e seus
costumes. Um dos exemplos que ela deu disso foi a sobremesa “Charlotte aux
fraises”, cujo nome é uma referência à Charlotte Corday que assassinou na
banheira Jean Paul Marat, um jornalista radical e político da época da
revolução. O formato da torta lembra a toca de banho usada por ela na ocasião. Ainda
exemplificando as possibilidades de expandir o assunto, Vera comenta que existe
uma obra no Louvre que ilustra esse momento.
Várias outras palavras foram
surgindo para explicar os pratos como a “mousse” que em francês quer dizer
espuma. E, se por um lado, os franceses não comem pastéis fritos, eles também
têm a sua versão do “escondidinho” brasileiro, chamado Hachis Parmentier. Mas, o inusitado ficou para o
prato que é uma unanimidade em todas as regiões da França. Nada de queijos,
baguettes, crêpes ou croissants que nem são refeições, mas sim, o “steak-frites
ou em português: bife com batatinhas fritas.
“Esse foi apenas o primeiro de muitos encontros que
pretendo realizar esse ano e os assuntos serão os mais diversos. Vamos falar de
várias culturas, diversos artistas, de literatura, de teatro e também
pretendemos transformar essa conversa toda em delícias que poderão ser degustadas
por quem se interessar por nossas atividades”.